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sexta-feira, 24 de junho de 2011

DIETA POBRE EM CARBOIDRATOS DANIFICA AS ARTÉRIAS, DIZ ESTUDO

DIETA POBRE EM CARBOIDRATOS DANIFICA AS ARTÉRIAS, DIZ ESTUDO

Fonte: G1

Cientistas americanos sugerem que as dietas pobres em carboidratos e ricas em proteínas aumentam o risco de enfartes e ataques cardíacos porque causam danos nas artérias.
Os pesquisadores do Beth Deaconess Medical Center, da Universidade de Harvard, testaram três dietas diferentes em camundongos e afirmam que a alimentação rica em peixes, carnes e queijo - como as dietas de Dr. Atkins e South Beach, por exemplo - causaram danos às artérias dos roedores.
Os animais foram divididos em três grupos: o primeiro recebeu uma dieta padrão, o segundo uma dieta ocidental rica em gordura e o terceiro recebeu uma dieta pobre em carboidratos e rica em proteínas. Depois de 12 semanas, os cientistas analisaram os camundongos e identificaram que a dieta pobre em carboidratos não havia alterado os níveis de colesterol nos animais testados. A equipe identificou, no entanto, uma diferença significativa no impacto na arteriosclerose - formação de uma placa de gordura na parede arterial que pode levar a ataques cardíacos e infartos.
Segundo os resultados, publicados na edição mais recente da revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences", os camundongos que receberam a dieta pobre em carboidratos haviam ganhado menos peso, mas desenvolveram 15% a mais de arteriosclerose do que aqueles com a dieta padrão. O grupo que recebeu a dieta ocidental apresentou um aumento de 9% nos níveis de arteriosclerose.
Os pesquisadores não explicaram as razões para esse efeito negativo nas artérias, mas sugerem que as dietas pobres em carboidratos podem afetar o modo como as células da medula óssea limpam os depósitos de gordura das artérias.
As dietas ricas em proteínas e que reduzem ou cortam o consumo de carboidratos atraíram atenção e controvérsia depois de um aumento de adeptos desses regimes na década de 90.

Efeitos
Segundo o pesquisador Anthony Rosenzweig, principal autor do estudo, os resultados foram tão preocupantes que ele decidiu interromper a dieta pobre em carboidratos que estava seguindo. "Nossa pesquisa sugere que, pelo menos em animais, essas dietas podem ter efeitos cardiovasculares adversos", disse. "Tudo indica que uma dieta equilibrada, combinada com exercícios freqüentes é provavelmente melhor para a maioria das pessoas", afirmou o pesquisador.
Joanne Murphy, da Stroke Association, também afirmou que uma alimentação equilibrada é a melhor recomendação. "Sabemos que alimentos como a carne vermelha e produtos lácteos, ricos em proteínas, também contém altos níveis de gordura saturada que podem ficar armazenadas nas artérias", afirmou. Murphy afirmou ainda que a pesquisa da Universidade de Harvard ainda está no estágio inicial e que ela gostaria de ver mais avanços no assunto.
Ellen Mason, da ONG British Heart Foundation, afirmou que é difícil aplicar os resultados em humanos, mas afirmou que as dietas ricas em proteínas "não são tão saudáveis quanto a alimentação equilibrada".

DIETA MEDITERRÂNEA PODE PROTEGER CONTRA ALZHEIMER

Luis Fernando Correia
Fonte: G1

Moradores de Nova York que apresentavam discreta diminuição das funções neurológicas e aderiram à dieta mediterrânea apresentaram uma redução de 28% no risco de evoluírem para doença de Alzheimer.

A dieta é rica em peixes, cereais, vegetais, e gorduras não-saturadas – azeite de oliva - além de pequenas quantidades de laticínios, carne e gorduras saturadas e uma dose mínima de bebidas alcoólicas.
Foram avaliados 1.890 moradores de Manhattan, recrutados entre 1992 a 1999. No início do estudo aproximadamente 25% das pessoas tinha um pequeno déficit cognitivo.
O acompanhamento durou 18 meses e questionários detalhados foram preenchidos e avaliações médicas seqüenciais foram realizadas.
A aderência à dieta foi classificada em grupos possibilitando a comparação do impacto da dieta sobre a doença cerebral.
O grupo que manteve a dieta com mais freqüência teve um benefício maior em termos de diminuição do risco de evolução para Doença de Alzheimer do déficit inicial.
As análises apontaram para cerca de 45% de redução de risco do grupo mais disciplinado, comparado ao que se ligou menos à dieta prescrita.
Os mecanismos por trás do efeito benéfico ainda não são claros para os pesquisadores. O efeito sobre o sistema vascular já é conhecido e pode ter um papel no efeito positivo em geral. Infelizmente o estudo não conseguiu separar fatores como exercícios físicos e bons hábitos na evolução positiva, o chamado efeito pessoa saudável. De qualquer forma esse trabalho reforça a noção de que a proteção cerebral dos efeitos do envelhecimento começa com uma dieta equilibrada.

A MULTIPLICIDADE E DIETAS PARA EMAGRECER

Por Geraldo Medeiros (colunista da revista Veja)


A cada semana que passa as revistas femininas trazem reportagens sobre uma “nova dieta”, seja para emagrecer, para desintoxicar, para evitar celulite ou gordura localizada. É obvio que somente a dieta não irá atingir todos estes objetivos, todos sabem que é preciso movimentação física, abandono da gulodice, e outros cuidados. Mas, em geral, por vontade de se enquadrar num padrão de beleza ditado por modelos e celebridades, mulheres aderem a essas dietas ás vezes absurdas e sem nenhuma lógica nutricional.
Dentro deste conjunto de insanidades alimentares encontra-se a Dieta da Lua, a Dieta do Grupo Sangüíneo, a monótona dieta de um só alimento por dia e outras. E os livros que promovem esta ou aquela dieta vendem como pastel de feira às centenas e milhares de volumes. Mais de 1.400 títulos de livros de dieta já foram lançados, lidos e fielmente seguidos por multidões de obesos ansiosos por ter redução do seu excesso de peso.
Nem todos os livros, a meu ver, podem ser taxados de inúteis ou absurdos. Os endocrinologistas e nutricionistas têm que examinar o que há de mais recente na literatura médica publicada em revistas científicas e passar tais conhecimentos para seus pacientes. Vamos, pois tentar oferecer algumas dicas interessantes para os que desejam reduzir o peso com controle nutricional.

Faça uma boa refeição matinal
Um grupo de médicos da Universidade da Virginia, nos Estados Unidos, colocou 188 mulheres obesas em duas modalidades de dieta alimentar, divididas em dois grupos. O grupo 1, com 94 participantes, foi instruído a ingerir um café da manhã normal e relativamente frugal (café, leite, pão com queijo light). O grupo 2, também com 94 mulheres, teria que ingerir um “breakfast” bem reforçado, isto é, com ovos mexidos (1 gema, 3 claras pão integral, queijo light, fruta, café, chá).
No primeiro grupo o total calórico da refeição matinal foi de 290 kcal e no segundo grupo de 610 kcal. O almoço e jantar eram semelhantes em ambos os grupos. As pacientes eram examinadas, pesadas e avaliadas mensalmente por um período de estudo de 18 meses. Ao fim de 4 meses, ambos os grupos perderam peso de forma praticamente igual (cerca de 12 kg em média por pessoa), no entanto aos 8 meses de dieta as mulheres que ingeriram o “café da manhã” reforçado continuaram a perder peso enquanto aquelas com desjejum frugal ganharam 3-4 kg. Ao fim de 18 meses a “turma” do “big breakfast” perdeu 21,3% do seu peso inicial comparativamente a 4,5% do pessoal com poucas calorias no desjejum.
Conclusão: um café da manhã reforçado leva a sensação de saciedade durante todo o dia com a menor ingestão de nutrientes nas refeições subseqüentes e propicia condições para efetiva e constante perda ponderal por período relativamente longo de tempo.

As dietas com baixo teor de carboidratos
O falecido doutor Atkins lançou a modalidade de dieta (que leva o seu nome) em que induzia os pacientes obesos a comer muita gordura do tipo saturada (ovos, presunto, bacon, manteiga, carne com gordura, etc.) suprimindo quase que totalmente a ingestão de carboidratos (pão, arroz, batatas, massas, doces, sorvetes, chocolates, frutas). Com esse regime, há uma perda ponderal muito rápida, pois o corpo humano recebe tanta gordura, passa a “queimar” esta gordura e toda a gordura do corpo com muita rapidez gerando substancias similares à acetona (hálito cetônico) levando a rápida perda de peso.
Todavia os cardiologistas logo advertiram que o hábito de ingerir tanta gordura iria causar danos ao sistema circulatório, em especial, às artérias do coração. Mais recentemente um grupo de cientistas da Universidade da Pensilvânia resolveu estudar, durante 12 meses, obesos divididas em dois grupos. O grupo 1 recebeu dieta convencional, baixa em calorias, mas com nível alto de carboidratos, pouca gordura e bastante proteína. O grupo 2 foi instruído para ingerir dieta baixa em calorias, porém comendo pouco carboidrato, muita proteína e gordura normal.
Ao fim de três meses o grupo 2 de baixo teor de carboidratos perdeu 6,8% do seu peso inicial comparativamente a 2,7% do peso inicial dos obesos submetidos a dieta convencional. Este maior valor de perda ponderal continuou aos 6 e 12 meses sempre indicando maior perda de peso para a dieta com baixo teor de carboidratos. Muito importante foi a observação de que o baixo teor de carboidratos leva à elevação do “bom colesterol”, ou seja, HDL e queda das gorduras do sangue (triglicérides).
A conclusão dos autores é bastante clara: deixe de comer doces, massas, pão, batatas, sorvetes e chocolates, que sua perda de peso será mais rápida e sustentável comparativamente a uma dieta convencional.

Dieta Mediterrânea e a de pouco carboidratos
Em julho deste ano foi publicado importante artigo no qual grupo de pesquisadores de Israel resolveu dar uma “colher de chá” para a chamada Dieta do Mediterrâneo, rica em vegetais, azeite de oliva, pouca carne vermelha, muito peixe e ocasionalmente aves (frango), com algumas oleaginosas como pistache e nozes, que completam o quadro nutricional.
Compararam a dieta mediterrânea com a dieta de baixo carboidrato (20g/dia iniciais de carboidratos passando gradualmente a 100g/dia), proteína e gordura em valores adequados. A dieta pobre em carboidratos foi a mais eficiente em termos de baixar o peso desde o início deste estudo comparativo. Em quatro meses, o grupo ingerindo pouco carboidrato perdeu 7 kg, em média, comparativamente a 4,8kg para a dieta mediterrânea.
O mais curioso é que gradualmente o grupo que estava na dieta baixa em carboidratos mostrou tendência a uma nítida volta, isto é, observou-se ganho de peso, que se iniciou no fim dos primeiros 12 meses, enquanto os que estavam na dieta mediterrânea mantinham, galhardamente, o peso perdido até o fim dos 24 meses de duração da pesquisa.
A conclusão dos autores deste trabalho é clara: escolha a dieta baixa em carboidratos ou a dieta mediterrânea, ambas capazes de induzir rápida queda do peso ponderal e manter o peso por dois anos. Ambas as dietas são superiores, em termos de perda de peso, a uma dieta convencional, balanceada. A escolha, todavia, dizem os autores, é sua, alicerçada em preferências individuais quanto à seleção de alimentos.

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